segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O que seria pior do que ter Donald Trump na presidência dos Estados Unidos?


Ter Kim Kardashian West como primeira-dama!





Pior do que isto só mesmo Miley Cyrus. Mas é claro que vindo de Miley Cyrus já nada surpreende, pelo menos pela negativa, surpresa seria se ela usasse algo que surpreendesse pela positiva.
 

A carapaça




Todos nós temos uma espécie de carapaça, mais dura, mais espessa ou mais frágil mas todos a temos.
Há quem a use constantemente, há quem a use com habilidade sempre que necessita com uma confiança que mete inveja e quem simplesmente só a consiga usar em modo de sobrevivência.
Quem a usa constantemente impede-se a si próprio de viver e experienciar a vida como um todo, pois nunca baixa a guarda, nunca deixa ninguém conhece-lo verdadeiramente, nunca sofre verdadeiramente mas também não partilha e não ama com a profundidade e intensidade características do amor.
Quem usa a sua carapaça com inteligência e raciocínio são as pessoas mais felizes, as ponderadas, as equilibradas que conseguem discernir quando devem baixar as defesas e quando devem construir um muro à sua volta.
As que só conseguem erguer a carapaça quando é uma questão de sobrevivência, são sem dúvida as que experienciam mais, as que sentem mais, as que vivem mais intensamente mas também as que sofrem mais como consequência.
Não se consegue ter o melhor dois mundos, não há amor verdadeiro e profundo sem sofrimento, sem medo, sem o terror de perder a pessoa amada ou o receio de os dias, os meses e os anos não serem suficientes para viver ao seu lado.
Quando a carapaça nos cresce nas costas quase que parece sem aviso, de repente mudamos de atitude, ficamos frios, insensíveis, impenetráveis dentro de um muro transparente que não há nada que derrube.
Quando nos apercebemos já estamos encerrados na numa redoma de vidro que mais parece aço, frio e inquebrável.
Forçar a armadura apenas a tornará mais forte e resistente, só com tempo e com o silêncio as coisas voltarão ao seu estado normal e carapaça tornar-se-á menos espessa, mais maleável e acabará por desaparecer.
Algumas coisas só se curam com o tempo, não há outro tipo de remédio por mais doce que seja que consiga adoçar o fel que nos levou a colocar a couraça dura. Paciência, introspeção e análise são o caminho para a retirar. Sem pressas ou urgências, temos de deixa-la sair lentamente para que voltemos a estar em sintonia com um mundo, para que nos voltemos a sentir seguros fora da nossa redoma e possamos novamente viver sem prisões e sem amarras.