terça-feira, 12 de maio de 2015

Será que toda a nossa vida terá de ser um extremo de felicidade ou de tristeza?



Dizem que quando Deus fecha uma porta abre uma janela. Mas será que quando Deus abre uma porta fecha uma janela?

É que sempre que se resolve um problema aparece logo outro como magia. Sempre que acontece algo bom parece que acontece algo terrível de seguida. Será que toda a nossa vida terá de ser assim de extremos de felicidade e tristeza?

Sou uma pessoa otimista na maioria do tempo, tento sempre ver as coisas pelo lado positivo e quando simplesmente não existe lado positivo tento desvalorizar com aquela conversa que poderia ser pior.
Mas às vezes é demais, o copo não passa de meio cheio para meio vazio, o copo transborda.
O problema de pessoas como eu que estão sempre de sorriso nos lábios, até quando recebemos uma má noticia a primeira reação é rir nem que seja com as lágrimas nos olhos, é que toda a gente acha que a vida nos corre às mil maravilhas.
Assim de repente todos acham que não tenho problemas, parece sempre estar tudo bem mesmo quando está tudo mal. É claro que há dias em que dou respostas ríspidas a muita gente e que tenho momentos de exaltação, às vezes quando menos se espera o copo transborda e a minha paciência fica em -100, mas regra geral é sorrisos a toda a hora.
Claro que quem sofre mais é quem está mais próximo, já que por motivos óbvios são as pessoas com quem posso extravasar sem por exemplo perder o emprego, o problema é que mesmo as pessoas mais próximas não estão habituadas a nos verem com problemas.
Porque afinal somos a pessoa que está sempre bem-disposta, sempre com energia, sempre pronta para sair e fazer os programas mais cansativos e exigentes. A pessoa que está sempre a dizer que vai correr tudo bem, que a vida tem de ser aproveitada, a pessoa que lhes diz para ter calma que para tudo há remédio menos para a morte.
Às vezes dá vontade de parar o tempo, deixa-lo assim em suspenso e respirar 3 vezes bem fundo e pensar, pensar nas resoluções, nas decisões e nas mudanças que temos de fazer para que fique tudo bem, para que volte tudo à normalidade, mas precisava de ser num tempo à parte, num tempo só nosso, extra calendário que só contasse para nós e que pudesse ser vivido sem pressa.
Como é obvio esse tempo extra não existe e o que é que eu faço? Ocupo todo o tempo que tenho com as mais diversas coisas, porque não quero meios pensamentos, meias resoluções e no fundo não encontro soluções e continua a rir e a sorrir.

Qual o problema disto? Um dia o copo vai partir, explodir com tanta pressão e depois terá que haver um tempo para colar os pedaços um a um, mas até lá ignoro ou finjo ignorar até porque todos sabemos que alguns problemas resolvem-se com o decorrer da vida, não é esconder debaixo do tapete é mesmo saber que para algumas coisas só mesmo tempo é remédio, e não há nada que se possa fazer para apressar as coisas.

1 comentário:

  1. Nem sempre conseguimos estar alegres e abstrairmo-nos dos problemas, faz parte da vida!

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