segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fim-de-semana prolongado ou para onde foi o fim-de-semana?




Este fim-de-semana começou logo mal com o anúncio de 3 dias cinzentos que limitam logo as nossas opções, mas como estava a precisar de descanso pensei que podia aproveitar para por os filmes em dia e curtir o sofá.
Os três dias acabaram por ser mais cinzentos do que esperava, mas serviram para a reflexão e para tirar algumas conclusões que no fundo todos nós sabemos só que facilmente nos esquecemos:
- A vida tem tanto de preciosa como de frágil.
- A nossa felicidade está nas coisas simples, é imperativo que as aproveitemos e que tenhamos consciência delas.
- Nunca deixem nada por dizer a quem amam, abram o vosso coração com as pessoas que vos estimam, irão sentir-se infinitamente bem.
- Esclareçam os mal-entendidos, às vezes supomos que as outras pessoas estão chateadas connosco, muitas vezes estamos de pé atrás com o mundo e não percebemos que somos nós que estamos a ver coisas que não existem e a fazer suposições sem sentido.
- Eliminem das vossas vidas pessoas tóxicas e sanguessugas, por mais que gostemos de algumas pessoas e lhes queiramos bem parece que elas nos fazem mal, têm sempre qualquer coisa maldosa a dizer, são inconvenientes e deixam-nos tristes, depois temos aquelas pessoas que nos sugam a vitalidade, em que depositamos esperança mas que só se lembram de nós quando estão mal, são pessimistas, derrotistas e pesarosas, retiram-nos a força a anímica e parecem sorver-nos os sonhos para os deslaçarem com o seu pessimismo.
Os três dias passaram a correr, soturnos e cinzentos, mas não foram roubados ao calendário, foram dias de reflexão, compaixão e compadecimento.
Não tenho estofo para perdas, mesmo que não sejam minhas, tomo-as como minhas, coloco-me no lugar de quem perde, recordo as minhas perdas e desfaço-me em lágrimas.
Às vezes gostava de ser mais fria, mais inabalável, é difícil ter lágrimas fáceis, são facilmente confundidas com mimo, chantagem e fragilidade quando na verdade são apenas uma forma de expressão, de libertação.
Não é fácil chorar assim facilmente sem controlo, mas depois penso que se houver um dia que as lágrimas me sequem, o meu coração estará duro como pedra e frio como o gelo, e não haverá calor que o amoleça e o derreta.

1 comentário:

  1. Ótimas reflexões! Este fim de semana como estive sem o meu A. também foi um pouco assim, estou tão habituada a ele que sem ele parece que não tenho nada de jeito para fazer a não ser trabalhar e refletir!
    Sou igual a ti nisto "Não tenho estofo para perdas, mesmo que não sejam minhas, tomo-as como minhas, coloco-me no lugar de quem perde, recordo as minhas perdas e desfaço-me em lágrimas.
    Às vezes gostava de ser mais fria, mais inabalável, é difícil ter lágrimas fáceis, são facilmente confundidas com mimo, chantagem e fragilidade quando na verdade são apenas uma forma de expressão, de libertação.
    Não é fácil chorar assim facilmente sem controlo, mas depois penso que se houver um dia que as lágrimas me sequem, o meu coração estará duro como pedra e frio como o gelo, e não haverá calor que o amoleça e o derreta.", mas sabes que mais gosto de ser assim!

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